Postado em: Reviews

Rota de Fuga

THE TOMB

Rota de Fuga realiza algo que muito marmanjo esperou por anos, um filme dos dois maiores brucutus da década de 1980. Não é como em Os Mercenários em que dividem espaço com uma galera. Aqui, os dois atores principais são o Stallone e o Schwarzenegger. E o que o filme menos tem é ação.

Empregado de empresa de seguros vive de escapar de prisões para testar a qualidade do sistema carcerário e aprimorar a segurança dos presídios. Então ele é contratado para testar uma instalação secreta criada com base em seus métodos de fuga. Quando é levado para lá, descobre que sofreu uma armadilha e precisa escapar para retomar sua liberdade e descobrir quem o traiu.

Rota de Fuga é um suspense de planejamento. Daqueles em que acompanhamos uma ou mais pessoas realizando passo a passo de seu plano para realizar alguma ação ousada. Normalmente isso acontece com filmes de assalto, mas também funciona com suspenses de prisão. Pelo menos foi o que Prison Break mostrou para todo mundo.

Rota de Fuga é basicamente isso. Um longa com uma variação da história de Prison Break. Com menos detalhamento do enredo e muitas frases de efeito por conta dos dois atores principais. A direção é qualquer coisa, assim como a fotografia. Até os cameramen não pareciam muito interessados no trabalho que deviam realizar. Com direito a panorâmicas desfocadas.

Mas o filme tem um ritmo bacana e sustenta bem o suspense até o final do segundo ato. É quando o grande problema do filme se destaca, os protagonistas. Trata-se do primeiro filme que tem o Sly e o Arnoldão como dupla em ação. O que se espera de um filme com os dois? Metralhadoras, ação descerebrada, explosões e frases de efeito. Como Rota de Fuga se passa em um presídio esperando pela hora de realizar o plano de escapatória, isso é algo que praticamente não existe aqui.

Quando chega no terceiro ato começa de repente o filme brucutu, com o Schwarza desmontando o encaixe de uma metralhadora de helicóptero para atirar com a arma na mão. Mas a porradaria deixa muito a desejar. Principalmente por o diretor não sabe fazer uma sequência de tiroteio fluída. É, pelo contrário, confusa e chata.

O elenco acompanha a capacidade das duas estrelas principais. O 50 Cent faz uma ponta vergonhosa, o Vincent D’Onofrio está apenas pagando o aluguel e o Vinnie Jones é só uma luta sem vergonha contra o Stallone. Ali no canto temos o Jim Caviezel e o Sam Neil. Um interpreta o vilão e o outro o médico do presídio. Neil provavelmente aceitou o papel por conta do aluguel também, mas ele realmente se esforça para dar uma honestidade dramática para o personagem. Mas o Jim Caviezel mostra como é bom ator.

Imagina receber o roteiro para fazer um personagem ridículo e maniqueísta. Mas Caviezel coloca trejeitos e trabalha cuidadosamente cada pequeno movimento do antagonista para enriquecê-lo. Mesmo com o personagem estúpido, uma grande interpretação faz a diferença. Pena que Caviezel anda esquecido do mundo.

Um filme rápido, com um tantinho de diversão e obrigatório para os saudosos da década de 1980.

 

ALLONS-YYYYYY…

1 comentário em “Rota de Fuga

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.