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É o Fim

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A algum tempo atrás Seth Rogen e Jay Baruchel se uniram para fazer um curta tosco sobre os dois lidando com o apocalipse. Os dois estavam fazendo uma sátira de sua amizade em uma situação extrema. Alguém em algum lugar teve a ideia de expandir isso para um longa com mais atores interpretando eles mesmos. Com um grupo quase todo fechado de celebridades, a piada deixou de ser somente os dois e passou a ser as estrelas das ruas de Hollywood.

Jay viaja para Los Angeles para passar o final de semana com Seth. Na primeira noite vão juntos para a festa de inauguração da nova casa de James Franco quando o apocalipse começa. No meio da desgraça, os três já mencionados mais o Craig Robinson, o Jonah Hill e o Danny McBride se escondem na mansão fortificada de Franco.

Essa patota já deixa claro como o filme funciona. Some a isso o fato de que a direção fica por conta de Rogen e do Evan Goldberg, que é amigo de infância de quase todos eles, e tenha a certeza de que nada é sagrado.

Eles colocam um conflito obrigatório. Jay e Seth já são atores famosos, mas o primeiro não gosta do estilo de Los Angeles e se afasta da vida construída pelo amigo de infância. O apocalipse vira um reflexo dessa amizade em frangalhos. Mas, como eu disse, nada é sagrado e o filme tira sarro até mesmo disso. Sempre que o conflito desenvolve, ele é zombado por alguma piada visual que surge na hora certa.

Por isso mesmo, tentar desenvolver uma descrição da história é fútil. Tudo aqui serve para a mesma coisa. Criar zombaria e causar risada. A originalidade fica por conta da proposta. É um filme em que celebridades zombam não necessariamente de si mesmas, mas de suas imagens públicas.

O que gera momentos brilhantes, como o Michael Cera cheirando cocaína enquanto faz sexo com duas mulheres ao mesmo tempo, a Rihanna cantando e se divertindo com um improviso relacionado às suas calcinhas e a Emma Watson em uma gag hilária relacionada a estupro.

Isso aí, Emma. Não deixa os humoristas malvados tocarem em você.
Isso aí, Emma. Não deixa os comediantes malvados tocarem em você.

A outra linha do filme é o fim do mundo em si. Demônios, possessão, arrebatamento e tudo o mais é desculpa para piadas relacionadas a exorcismo, canibalismo, esgoto, Backstreet Boys, balas de festim e até o conflito entre o bem e o mal.

É quando o humor do filme derrapa. O grupo acerta o ritmo das piadas de forma genial, com destaque para o Craig Robinson. Mas, à medida em que o filme se aproxima do final, o tom vai ficando grosseiro demais. Principalmente porque o humor relacionado às celebridades fica de lado.

Quando o apocalipse serve a essa piada sobre os envolvidos e suas personalidades é impossível não rir. Quando é apenas piada sobre pênis gigante não tem mais tanta graça. Tanto o é que as melhores partes do filme são as cenas da festa de Franco e a da participação da Emma Watson. Vale destacar a extroversão da Rihanna em deixar o Craig Robinson cantar sobre suas intimidades e deixar o Michael Cera dar um tapa em sua bunda.

Michael Cera vibrando de cocaína e se aproveitando da Rihanna.
Michael Cera vibrando com cocaína e se aproveitando da Rihanna.

Também gostei de que o foco no filme fique no Jay Baruchel, que é um ator que adoro. Os eventos acontecem seguindo o seu ponto de vista e ele supostamente é o ator principal. Considerando que ele e o Craig Robinson são os dois menos famosos do elenco. É interessante que ele ganhe tanto destaque.

É uma comédia que vai provocar muitas risadas e várias piadas inteligentes. Mas certamente não é um dos melhore filmes do ano, como o Tarantino vendeu. Está acima do padrão do gênero e só por isso merece pelo menos uma conferida.

 

FANTASTIC…

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