Postado em: Reviews

Percy Jackson e o Mar de Monstros

16

Quem lembra de Percy Jackson e o Ladrão de Raios? Eu lembro porque li os livros do personagem e fiquei impressionado como obra e adaptação são diferentes. O que não é necessariamente negativo. Não tive a mínima vontade de buscar o primeiro para relembrar. Minha lembrança é a de um filme infanto-juvenil divertido.

Depois de matar Luke no primeiro filme, Percy tenta descobrir se foi mérito pessoal ou se não é o herói que acredita ser. Sua rotina no acampamento de semi-deuses é interrompida quando um monstro consegue quebrar a barreira de proteção mágica. Para salvar a árvore que a sustenta, Percy e seus amigos partem em busca do velocino de ouro, que tem o poder de curar qualquer coisa viva.

Eu imagino a tarefa que caiu nos ombros do roteirista. O primeiro filme se permitiu fugir tanto da história do livro que acabou cortando diversos ganchos necessários para que a continuação pudesse acontecer. A solução foi reviver o vilão, com a explicação “eu sou difícil de matar” e dar a ele os objetivos que ele tem no livro. No primeiro filme eles são deixados de lado.

O roteiro não é ruim. Segue um ritmo bem feito e quase todas as cenas de ação servem para o desenvolvimento da história. Todos os personagens tem o seu ciclo, por mais bobo que seja. Mas é uma história para crianças, e sua realização não abre espaço para interesse adulto.

Começa pela direção. O alemão Thor Freudenthal é diretor de aluguel de filmes infantis com efeitos especiais. Ele começou com animação e seguiu como supervisor de efeitos especiais. É um problema comum com blockbusters, quando colocam um cara da parte técnica para dirigir, o filme normalmente fica muito ruim. Mas a parte técnica é sempre irrepreensível.

É o caso de Percy Jackson e o Mar de Monstros. O diretor não se dá ao trabalho de criar ambientação nem de explicar com cuidado os contextos. Ele simplesmente vai de uma cena a outra correndo. O filme fica mais curto, acelerado demais e não prende nunca.

Mas Freudenthal cria cenas de ação até bacanas. Não são confusas, apesar de que poderiam ser bem melhores se o diretor soubesse criar ambientação.

Os atores também não ajudam. Logan Lerman já tem fama o suficiente para não precisar fazer um filme desses, mas provavelmente está preso por contrato à franquia. Vários atores maiores do anterior saíram, como o Pierce Brosnan, que precisou ser substituído. Os coadjuvantes também estão péssimos, mas acredito que seja por conta de uma fraca direção de atores. Principalmente considerando que todos eles estavam muito bem no primeiro. Por sinal, para ficar mais fiel ao livro, pintaram os cabelos da Alexandra Daddario de amarelo. Um pecado cruel. Não combina com aquela mulher maravilhosa que a atriz é.

Alexandra Daddario. Que maravilha.
Alexandra Daddario. Que maravilha.

Como eu disse antes, a parte técnica se destaca. Os monstros e criaturas são um prazer de ver. São inventivos e bem feitos. Com detalhes minuciosos em sua construção. Meu favorito foi o cavalo marinho que Poseidon manda para os heróis em certo ponto. É lindo de morrer e dá vontade de ter um em casa.

Tão fofinho...
Tão fofinho…

Se seus filhos curtiram o primeiro, leve-os. É melhor que assistir Turbo.

 

GERÔNIMOOOOOOO…

2 comentários em “Percy Jackson e o Mar de Monstros

    1. Desculpa, Maurício.
      Não tive a oportunidade de ver em 3D. Porém o filme foi convertido. Portanto, existe a possibilidade de não ter ficado realmente legal. Mas o filme usa planos que aproveitam bem profundidade. Só vendo para saber.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *