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O Chamado 3 (Rings – 2017)

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Samara Morgan está de volta com a maldição dos sete dias, e novas pessoas se tornam vítimas ao assistir o misterioso vídeo. Mas, desta vez, um filme dentro do filme pode mudar tudo.

F. Javier Gutiérrez (Tres días) é o responsável por dirigir o terceiro filme da franquia inspirada no livro de Kôji Suzuki – que conta com um diretor diferente para cada sequência. Já o roteiro tem autoria dividida entre David Loucka (A Última Casa da Rua), Jacob Estes (Detalhes) e Akiva Goldsman (Eu Sou a Lenda). Matilda Lutz (L’estate addosso), Alex Roe (A 5ª Onda), Johnny Galecki (Hancock), Vincent D’Onofrio (Nascido para Matar), Aimee Teegarden (Pânico 4) e Bonnie Morgan (Sete Vidas) fazem parte da equipe de atores.

A história é ainda mais perturbadora do que o público da franquia já estava familiarizado, o que é um ponto alto para a sequência. No que tange à Samara, o novo filme traz um arco interessante e envolvente. As novas descobertas apresentadas na trama deixam a “vilã” ainda mais complexa.

Os fãs da franquia talvez estranhem a falta de riqueza em alguns detalhes acerca das mortes, como a ausência de deformidade nos corpos. Em alguns casos, os cadáveres nem aparecem na tela. Para piorar, a quantidade de momentos que provocam sustos é quase inexistente. Sobre o vídeo amaldiçoado, são acrescentados bons detalhes.

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Novos detalhes sobre a história de Samara são descobertos.

O elenco entrega trabalhos decepcionantes.  Matilda Lutz faz uma fraca atuação como a protagonista Julia. A química dela com Alex Hoe (Holt) é pequena, e os dois não convencem como um casal de namorados. Não bastasse as interpretações, os personagens não são aprofundados, dando a sensação de que foram jogados no (fraco) roteiro somente para introduzirem o mistério em torno de Samara. O melhor desempenho é de Vincent D’Onofrio, como Burke.

A fotografia predominantemente escura é um ponto fraco em O Chamado 3. Se fosse usada mais pontualmente, poderia ter um resultado melhor, mas a utilização frequente atrapalha (e muito) a assimilar o que está acontecendo no filme. O tempo diegético – por vezes com uma frenesi desnecessária – tem transições confusas e pouco delimitadas, o que dificulta a compreensão do desenvolvimento da trama.

Se comparado aos dois primeiros filmes, O Chamado 3 é o pior. Com um elenco mediano, é inevitável não sentir de falta da Naomi Watts, ou de alguém com competência semelhante à ótima atriz, pelo menos. Contudo, para quem acompanha a franquia, assistir ao novo longa-metragem é indispensável, e as novas descobertas em torno da Samara empolgam o público e culminam em um bom final.

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