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Épico? – Noé

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Não sei como não pensei nessa antes. Noé foi, talvez, o último grande épico do cinema. Discussão de valores morais, escalas enormes, tempos passados e por aí vai. Melhor ainda, um grande épico bíblico do Darren Aronofsky. O que garante que não vai ser o épico bíblico pelo qual a maioria das pessoas deve esperar.

O filme se divide em quatro partes básicas. Primeiro a explicação de quem é Noé, sua vida, sua família, o mundo em que viviam quase 10 mil anos atrás. Para isso, Aronosfsky levou equipe e elenco para a Islândia, a terra mais nova do mundo, como se supõe que a Terra era em tempos antigos. A segunda parte se passa quando a arca estava prestes a ficar completa, com a rebelião dos humanos prestes a serem deixados para trás. Um exterior imenso da arca foi construído ao lado de uma floresta no interior de Nova Iorque. A terceira parte se passa dentro da arca durante o dilúvio. Filmada em um set gigantesco onde foram construídas todas as partes internas do barco. A quarta parte se passa após o dilúvio, filmada também na Islândia.
Para criar os milhares de animais que viriam a evoluir para os atuais, computação gráfica. Para a parte da humanidade que morre no dilúvio, centenas de extras usando figurinos diversificados. Chuvas artificiais gigantescas. Inclusive, em apenas um take, foi gasto mais água que em qualquer filme na história. O resultado, 150 milhões de dólares de produção.
Pra quê gastar tanto dinheiro com um filme? Para que Aronofsky faça um retrato da personalidade de um homem que potencialmente tem a maior culpa de sobrevivente da história. Como é a psique de alguém cuja missão divina é matar toda a humanidade? O que isso faz com essa pessoa. Que deus é esse que chacina sua criação? Em que ponto a justiça deixa de ser misericórdia e passa a ser crueldade? Melhor que a maioria dos épicos, Noé não dá respostas, deixa a pergunta para que o espectador pense sobre o que acredita.
O orçamento garantiu qualidade?
Sim. Dos filmes que passam dos 150 milhões de custo, Noé é um dos que tem melhor visual. Uma grande direção. Os efeitos servem à trama e não o contrário. E, acima de tudo, servem aos questionamentos que Aronofsky propõe.
 
ALLONS-YYYYYYYYY…

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