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Duro de Matar

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Fui assistir Duro de Matar 5 com minha namorada no cinema. Depois da sessão, enquanto eu falava mal do filme, ela me disse que eu já devia estar esperando isso de um filme da franquia. Perguntei se ela já havia assistido o primeiro Duro de Matar e a resposta dela foi não. Finalmente remediei a situação com uma sessão em DVD.

Nada de Bruce Willis em cima de caças, atravessando helicópteros, cavalgando caminhões ou explodindo aviões. Isso aqui é o primeiro filme. John McClane não é um super-herói. Ele é apenas um homem viajando para encontrar com sua família e tentar reconquistá-la. Quando os terroristas entram na festa e tomam o prédio de refém, ele foge, não sai por aí dando tiros e contando piadas para cada pessoa que mata.

Duro de Matar é um daqueles filmes que deveriam ser obrigatórios. Ele reinventou o gênero de filmes de ação, criou um subgênero que é usado ainda hoje e seu roteiro é tão bom que é usado em estudos de escrita para o cinema.

Na época em que foi lançado, os filmes de ação não contavam com protagonistas vulneráveis. McClane é um homem normal. Quando um terrorista vem enfrentar ele sozinho, nós tememos por sua vida. A cada situação que enfrenta ele sai com uma nova marca de guerra.

"Agora eu sei como uma sardinha se sente dentro da lata."
“Agora eu sei como uma sardinha se sente dentro da lata.”

Desde então, ficou comum ver filmes que seguiam o estilo. Homens colocados em situações impossíveis em um lugar fechado enfrentando dúzias de inimigos. O Harrison Ford teve inúmeros filmes do estilo. O Gerard Butler também. Em breve teremos o Channing Tatum nessa. O Wesley Snipes passou por isso. Existem vários nomes para o subgênero, eu chamo de filmes Duro de Matar. E acredite, nenhum é tão bom quanto Duro de Matar.

O roteiro é um primor, do gênio Steven E. de Souza. O mesmo de Street Fighter – O Filme, Um Tira da Pesada 3 e O Juiz. Beleza, a maioria dos filmes que esse cara escreveu são terríveis. Mas com Duro de Matar foi um acerto atrás do outro. John McTiernan fez seu melhor filme como diretor. É o melhor filme do Bruce Willis. É um dos melhores produzidos pelo Joel Silver. Nada está fora de lugar.

Enquanto McClane tenta sobreviver no prédio sitiado, o filme acompanha várias tramas paralelas que são importantes para a história. Temos a Holly entre os reféns, o sargento Powell lidando com a situação fora do prédio, os caras do FBI, o vilão Hans Gruber lidando com os problemas que McClane cria, todos os capangas e suas participações no plano e até o Argyle, o motorista de limusine na garagem.

Nós sabemos o tempo todo o que está acontecendo com cada personagem em cada situação. E o escopo da ação aumenta aos poucos. Começa com o policial enfrentando um dos bandidos sozinho, passa para uma corrida no telhado, depois sobrevive a um tiroteio graças a uma mesa, então a policia se envolve e ele salva um grupo da SWAT ao jogar explosivos pelo poço do elevador. Daí só aumenta, chegando ao ápice de uma explosão gigantesca no telhado envolvendo um helicóptero e o herói se salvando com uma mangueira de incêndio. Momento no qual eu sempre me levanto e aplaudo, não importa quantas vezes já tenha assistido ao filme.

Destaque em especial para a estreia do ator Alan Rickman no cinema. É seu primeiro filme e ele já rouba a cena. Hoje ele é mais famoso por sua participação na franquia Harry Potter como o professor Snape. Mas a grande interpretação do cara é Hans Gruber, um dos grandes vilões da história do cinema. Calmo, educado, elegante, calculista. Ele se encaixa no perfil de vilão champagne. Mas o perigo que representa é sua inteligência. Derrota o FBI e toda a força policial fora do prédio, além de fazer o McClane chegar ao final em farrapos.

Alan Rickman como Hans. Um dos maiores vilões do cinema.
Alan Rickman como Hans. Um dos maiores vilões do cinema.

Um dos meus filmes favoritos. Recomendo fortemente a todos que nunca o assistiram. Vai ver agora e depois continua explorando os posts do blog.

 

FANTASTIC…

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