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Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword – 2017)

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Na história do cinema, a lenda do Rei Arthur, de Merlin, de Camelot e dos Cavaleiros da Távola Redonda foi várias vezes tema de produções – como os dois Camelot (1967 e 2011), Excalibur (1981) e Os Cavaleiros da Távola Redonda (1953). Desta vez, a representação dos feitos arthurianos nas telas ficam por conta da estreia de Rei Arthur: A Lenda da Espada.

O filme é dirigido pelo britânico Guy Ritchie (Snatch: Porcos e Diamantes e O Agente da U.N.C.L.E.), que assina o roteiro junto com Joby Harold (Awake: A Vida por um Fio) e Lionel Wigram (O Agente da U.N.C.L.E.). O papel do protagonista Arthur fica sob responsabilidade de Charlie Hunnan (Círculo de Fogo e Sons of Anarchy). O ator é acompanhado no elenco por Jude Law (Sherlock Holmes), Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas), Eric Bana (Tróia), Aidan Gillen (Game of Thrones), Djimon Hounsou (Diamante de Sangue) e muitos outros.

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Arthur e seus aliados na jornada para conquistar o trono de direito.

A trama acompanha desde o momento em que Vortigern (Law) toma o trono de Uther (Bana), que salva o filho Arthur, até a chegada do verdadeiro rei ao poder. Enquanto isso, o público vê o crescimento do menino – criado em um bordel – na cidade, a retirada da Excalibur da rocha e muita luta.

O elenco é composto por grandes e renomados atores, que não necessariamente acrescentam muito ao filme. Jude Law, por exemplo, entrega um bom vilão, mas não é nem de longe a melhor atuação do inglês. Charlie Hunnam também faz um bom trabalho. No entanto, o grande destaque de Rei Arthur: A Lenda da Espada vai para a atriz espanhola Astrid Bergès-Frisbey, que interpreta a “maga”. Outro profissional que está ótimo é Aidan Gillen – é uma experiência interessante ver o Mindinho de Game of Thrones ir realmente para a luta, ao invés de só falar e falar.

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Jude Law é o antagonista Vortigern, que não tem escrúpulos quando se trata da permanência no poder.

O melhor papel e a melhor atuação são de Bergès-Frisbey, porém, uma das maiores indignações de quem vos escreve também está relacionada a ela. A personagem – que, inclusive, é muito importante para a trama – é simplesmente a “maga”. Não, em nenhum momento do filme é citado o nome dela. A esperança era que, quando chegasse aos créditos, o mistério fosse revelado. Mas não, ela é só uma maga mesmo. A única mulher com destaque no longa-metragem não merece nem ser nomeada.

A fotografia é boa, com direito a paisagens lindas. Já a montagem, apesar de apresentar um bom trabalho no geral, é demasiadamente confusa em alguns momentos. O filme já começa com ação, e as cenas com esse teor são bem feitas. Talvez o mais interessante da produção sejam justamente os momentos de luta.

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Astrid Bergès-Frisbey entrega a melhor interpretação.

Para quem não tem um conhecimento prévio sobre as aventuras de Arthur em Camelot, o filme pode ser confuso. Este é um grande problema na produção que, apesar de apresentar um teor explicativo, o faz de forma muito rápida – e a maior parte da trama se dá assim. As cenas acontecem com muita rapidez e podem deixar o público confuso. Uma coisa é utilizar esse recurso exclusivamente nas cenas de ação, outra é usufruir dele com grande frequência. No entanto, nas vezes em que o diretor opta por fazer o oposto e deixar mais devagar, ao utilizar o efeito de câmera lenta, o resultado é positivo.

Rei Arthur: A Lenda da Espada é um longa-metragem que envolve o espectador e entrega uma aventura interessante. Poderia ter mais uma história de romance desnecessária, mas não o fez, o que é positivo. É um bom filme, mas não vai muito além disso. Para os apaixonados pela lenda de Camelot, é com certeza uma boa pedida. Para os outros, é uma indicação para passar o tempo, sem muitos pensamentos complexos.

4 comentários em “Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword – 2017)

    1. Oi, Felipe!

      Ele manda bem nas movimentações mesmo. Só que, neste filme especificamente, acho que ele exagerou um pouco em alguns momentos haha

      Agradeço pelo comentário.

  1. Charlie Hunnam esta impecável no filme Rei Arthur A Lenda Da Espada. Suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Parece fantástico que em um filme se pode ver o lado de um diretor como <ahref="https://br.hbomax.tv/movie/TTL612303/Rei-Arthur–A-Lenda-Da-Espada"»guy ritchie</a». . Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Gostei muito desta história, acho que é perfeita para os amantes de filmes épicos.

  2. Z – A Cidade Perdida pode ser divido em três partes: um melodrama familiar guiado pelos alicerces do cinema clássico americano, uma espécie de western de exploração pela selva amazônica aos moldes de Bravura Indômita e um filme de guerra. Falar do Charlie Hunnam significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. Eu amo os charlie hunnam filmesO mesmo aconteceu com esta produção, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.

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