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Session 9

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Session 9 chegou ao meu conhecimento anos atrás quando estava empolgado com Silent Hill. Pesquisando sobre a franquia, descobri que um filme de terror havia servido de inspiração para os jogos. Só recentemente descobri o filme na Netflix. Mas diversas informações não fizeram sentido.

Para começar, o filme é de 2001 e o primeiro Silent Hill é de 1999. Pesquisando de novo descobri que, na verdade, o filme só foi inspiração para o terceiro jogo. Nessa nova pesquisa também encontrei informações que me levaram a perceber que Session 9 havia virado um filme cult.
O filme trata de um grupo de uma empresa de remoção de amianto que está com sérios problemas financeiros. No desespero, aceitam cuidar de um asilo abandonado em cinco dias. Lá, um dos funcionários encontra arquivos de uma paciente antiga e eventos relacionados ao caso começam a acontecer com eles.

O imenso asilo que deve ser limpo em cinco dias.
O imenso asilo que deve ser limpo em cinco dias.

O filme foi um dos primeiros a ser filmado com câmeras digitais de alta definição a 24 fps. Foi um fracasso de bilheteria após ter sido lançado durante um festival de cinema fantástico. A crítica ficou dividida, mas ele ganhou seu séquito de admiradores que se reúnem para discutir os significados não explicados.
O diretor Brad Anderson não tem muita coisa no currículo, apesar de a maioria de seus filmes serem interessantes. Para um iniciante na área do terror, ele sabe construir um ambiente claustrofóbico e perturbador. A fotografia é feita através de grades e janelas com vidros quebrados deixando um clima desconfortável. O perigo constante do amianto no ar aumenta essa sensação.
Ambientação angustiante.
Ambientação angustiante.

Os cinco homens são obrigados a passar os dias com máscaras para não correrem o risco de se envenenarem com o próprio material que garante suas sobrevivências. Isso em um ambiente hostil, onde encontram pistas de histórias macabras de outrora.
Para retratar esse sufoco, Anderson coloca a câmera em cantos observando a medida em que os personagens vão se encurralando nas esquinas dos cenários. Faz alguns planos contínuos em que a câmera atravessa paredes e chãos. Aos poucos fica a sensação de que estamos espreitando eles.
O filme tem um ritmo lento, o que aumenta a angústia. Cada um dos personagens possui algum tipo de aflição pessoal, seja uns com os outros, seja com problemas privados pesados. Todos vão ficando suspeitos em suas diferenças e conflitos. Mas nada é colocado de forma óbvia.
Eles dialogam sobre suas situações, mas de forma casual, sem ser explicativo. Quando todos os segredos são revelados, o filme está a poucos minutos de acabar. Nos diálogos, prefere dar espaço para a tensão crescente. Um dos homens explica para seus colegas o procedimento de lobotomia, outro fala sobre os perigos físicos de absorver amianto nos pulmões.
Não pode tirar a máscara. O amianto no ar pode matar.
“Mas ele não falou na sinopse sobre pintar o asilo.”

Os atores são terríveis. Os dois mais famosos são os péssimos David Caruso e Josh Lucas. Um se firmou como o líder de um dos piores CSI na TV, o outro é um protótipo de galã que funciona melhor como piada. O resto do elenco não consegue ser melhor que nenhum deles.
O final chega subitamente e passa apressado. Anderson poderia ter dado mais tempo para o suspense final, ao invés de tentar criar os últimos momentos de horror que parecem feitos de qualquer jeito. Em termos de história, o término não é necessariamente ruim. Explica diversas coisas que faltavam ao mesmo tempo em que deixa aberto outros elementos.
Anderson acerta muito, mas comete alguns erros pesados. Se procura por um terror diferente e bem ambientado, assista. Depois procure fóruns de discussão sobre o que é o Simon (assista o filme para entender). É bem interessante. Mas tenha em mente que não é uma grande maravilha.
 
ALLONS-YYYYYYYYY…

2 comentários em “Session 9

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