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George Lucas, Disney e a supervalorização de Star Wars.


Justamente no dia em que foi noticiado que a Disney havia comprado a Lucas Films, eu estava ajudando um grupo de amigos em uma mudança. Alheio às notícias do mundo, só fui descobrir a novidade no outro dia. E daí pude verificar toda a comoção de uma vez. Pessoas preocupadas, pessoas felizes. Discussão e mais discussão sobre a Disney fazer a terceira trilogia de Star Wars sob a vigília do próprio George Lucas.

Passei algum tempo pensando sobre o assunto e cheguei a algumas conclusões:

Prestem atenção na animação do George Lucas.

1) Ruim ou boa, a terceira trilogia não vai anular o brilho da primeira. A primeira trilogia Star Wars é um marco na história do cinema. Toda e qualquer bizarrice que Lucas pôde inventar não foi suficiente para tirar o seu valor. São obras fechadas com valor próprio, nada de novo pode estragá-la.
2) Sempre tive mais vontade de ver a terceira trilogia que a segunda. Se seguir as histórias contadas nos universos expandidos, tem tudo para ser incrível. Luke se torna o maior mestre Jedi e precisa começar um novo conselho do zero, procurando alunos através da galáxia, ou seja, aventuras. Léia começa a aprender os caminhos da força ao mesmo tempo em que desenvolve família com Han e reconstitui a democracia galática buscando dialogar com focos ainda favoráveis ao Império. Mais aventura.  Ao meu ver temos bastante história e conflito para uma trilogia bastante interessante.
3) Era inevitável que esses filmes fossem feitos. As pessoas são finitas. Inclusive George Lucas. No dia em que Lucas morresse e não houvesse mais ninguém para cuidar de seu legado, algum executivo acabaria pensando em dinheiro e resolveria fazer essa nova trilogia. Pelo menos com essa compra, os filmes serão supervisionados pela equipe criativa da Disney com comando do John Lasseter. E o consultor técnico e de história será ninguém menos que o próprio Lucas. Significa que os filmes seguirão a história correta da franquia e serão feitos por profissionais que têm interesse em fazer material de qualidade. É claro que um dia Lasseter morrerá também e a Disney continuará sendo uma companhia dirigida por executivos, mas se as deusas permitirem, já estarei morto quando acontecer.
E 4) Star Wars não é a parte mais interessante a se pensar sobre o assunto. Por que não pensar grande? Agora produtos como Indiana Jones, Labirinto e mais uma lista extensa de histórias de qualidade são da Disney. O que isso acarreta? Os parques temáticos da Disney serão muito mais divertidos. Além de grandes misturas malucas, a Marvel vai poder misturar seus heróis espaciais com Star Wars, Indiana Jones com personagens que participaram de eventos históricos, como Wolverine e Capitão América. Nos games, Kingdom Hearts vai ter um universo ainda maior para explorar. Talvez franquias esquecidas ou finalizadas por Lucas ganhem versões dirigidas pela Pixar. Apenas imaginem Labirinto em animação dirigido pelos criadores de Valente.
E para fechar, obras de mídias menores passam a ser da Disney, o excelente The Dig pode finalmente virar um filme de ficção científica, assim como Full Throttle pode virar uma aventura futurista nas mãos do Jerry Bruckheimer.
Por enquanto, estou entusiasmado. O que vocês acham?
GERÔNIMOOOOOOO…

2 comentários em “George Lucas, Disney e a supervalorização de Star Wars.

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