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Filmes ruins de 2015

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Revisar o ano anterior é uma regra na época de virada de ano. Como sempre, o Aquela Velha Onda vai liberar as três listas que fornece aproximadamente trinta filmes para se discutir os 365 dias que passaram. Começa com os piores, depois os divertidos e fecha com os melhores.

As mesmas regras de sempre se sustentam nesta retrospectiva. Para começar, é preciso que o organizador da lista, mais conhecido aqui como Vinícius Brandão, tenha visto os filmes. Como é padrão dele evitar coisas ruins, um monte de porcaria escapa da lista. Depois, é preciso que as produções tenham sido lançadas no cinema em 2015. De preferência nos cinemas nacionais.

Segue a lista.

tak3n-panda-partyBusca Implacável 3 – Esta franquia chegou à segunda continuação porque o primeiro filme se enquadra fácil entre os mais divertidos de 2008. As sequências, porém, são apenas erros. Mal dirigida e mal montada, é triste ver o Liam Neeson sem vontade nas cenas de ação com uma trama mambembe. Melhor ficar apenas com o original.

capaA Teoria de Tudo – Prova de que há algo errado com as premiações. Este filme não apenas concorreu a uma penca de prêmios principais, como ainda permitiu às pessoas ver a extraordinária interpretação do Michael Keaton em Birdman ser ofuscada pela mediana do Eddie Redmayne aqui. Roteiro sem trama. Desenvolvimento sem momentos que avançam a história. Fotografia preguiçosa. Montagem mambembe. A Teoria de Tudo foi uma das sessões mais chatas de 2015.

Fifty-Shades-Of-Grey-Gallery-0350 Tons de Cinza – O crítico americano Chris Stuckman fez uma analogia perfeita para descrever esta adaptação: “Você pega um bom diretor de fotografia. Vai pra rua e acha uma pilha de merda de rato. Ele provavelmente pode iluminar aquilo muito bem. Talvez filmar com um ângulo interessante. Mas ainda é merda de rato”. Isso é 50 Tons de Cinza. Pornografia ofensiva e preconceituosa bem filmada.

O Sétimo Filho SeventhSonExiste um mito em Hollywood que diz que toda atriz que ganha um Oscar vai ter a carreira no lixo por algum tempo. É triste ver a Julianne Moore nesta maluquice logo depois de ser premiada a melhor atriz de 2014 pelo ótimo Para Sempre Alice. É difícil acreditar que alguém ganhou dinheiro para fazer um filme sem praticamente nenhuma qualidade técnica. Nem o grande elenco parece levar a sério os contextos estúpidos e mal dirigidos.

602x0_1425076629O Duelo – Uma afronta à produção nacional. É difícil acreditar que o diretor desse filme é o mesmo de Estômago. Uma péssima lembrança como último filme do ator José Wilker. Adaptação sem espírito de um ótimo texto do Jorge Amado. Toda a qualidade da produção vem do material original, nada de qualquer departamento técnico da produção. Nem as duas boas interpretações principais salvam.

chappie-wall-e-meets-district-9-and-robocop-what-s-not-to-like-dd18052f-1e71-4959-bbbc-36351e86b1b7Chappie – Releitura para contextos atuais na África do Sul de Short Circuit: O Incrível Robô. Mas o roteiro do Neill Blomkamp, que iniciou a carreira com o excelente Distrito 9, não faz sentido. As motivações dos personagens são absurdas. Por conta disso, eles não são carismáticos. Chega ao absurdo de fazer torcer para que tanto o robô quanto os humanos principais morram no confronto final. Mesmo que o vilão seja um bizarro Hugh Jackman de mullet e extremista religioso.

dt.common.streams.StreamServerSobrenatural: A Origem – Terceira produção de uma franquia de terror que se sustenta basicamente em dar sustos fáceis e preguiçosos. Entre boas ambientações que são jogadas fora para ter um fantasma bizarro aos berros e um núcleo de personagens principais simpáticos que perde espaço para um monte de piadas com a ajuda médium da vez. É chato apenas esperar pelo próximo corte com sons estridentes.

Captura de Tela 2015-07-22 às 10.35.10007 Contra Spectre – Este filme é tão ruim que grande parte da diversão depois da cabine de imprensa foi verificar as comparações que todos os críticos tinham para fazer. “O segundo melhor Missão Impossível do ano”, “Todo dia tem um sete a um” e outras coisas maldosas foram ditas. Mas quando uma obra é tão ruim, ela merece esse nível de maldade.

maxresdefaultComo Sobreviver a um Ataque Zumbi – Ter um filme com esse título e com essa premissa entre os piores do ano só pode ter um motivo: chatice. Entre ótimos momentos de comédia, cenas longas e chatas de horror mal feito. Tudo por conta de um roteiro desequilibrado que não sabe quando ser sério e quando ser cômico. Existem tantas produções com menos dinheiro que funcionam tão melhor que chega a ser triste.

deslumbre de pobreAté que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final – Mais uma vergonha nacional. Piadas infames, preguiçosas, grosseiras, ofensivas e preconceituosas. Não tem qualidade técnica alguma. Nada salva. Os atores estão canastrões. O roteiro não tem ritmo nem lógica. A fotografia apenas torna as coisas visíveis. Os enquadramentos só dão destaque para que o comediante protagonista grite improvisos estúpidos. Pior que tudo isso, é um filme que reduz toda a população brasileira a um grupo de estúpidos. Ofende os pobres, os ricos, os políticos, o espectador, os atores, o elenco, quem paga pelo filme. Mas parece que ninguém sabe a merda em que estão envolvidos e acredita no que a mensagem vende.

 

Esses são apenas os dez principais. Vale destacar também o fraquíssimo Everest, o sem graça Ted 2 e Exterminador do Futuro: Gênesis, que será mencionado em outra lista semana que vem. Fica por aqui a lista de filmes para serem vistos apenas se você tiver outra coisa para distrair durante a sessão.

 

GERÔNIMOOOOOOOOOO…

 

1 comentário em “Filmes ruins de 2015

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