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Filmes ruins de 2014

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Hora das retrospectivas. Já tem uma porrada de melhores e piores de 2014 por aí, mas prefiro deixar o ano realmente acabar para falar sobre o que houve nele. Para começar a retrospectiva na zoeira, vamos falar do que houve de mal antes do que houve de bom. Vamos então aos filmes que foram tão ruins que merecem ser lembrados por isso.

Como sempre, existem uma série de regras a serem respeitadas na lista do blog. Primeiro, é preciso que eu tenha visto o filme. Como vou falar sobre filmes que não assisti? Segundo, as produções tem que ter sido lançadas nos cinemas neste ano. Mais especificamente, nos cinemas nacionais. Muitos grandes filmes estrearam por aqui este ano mesmo que sejam de 2013 na verdade. Mas como só recebemos coisas atrasadas, vamos contá-los como de 2014. Vamos aos filmes.

november-master675November Man: Um Espião Nunca Morre – O Pierce Brosnan literalmente participou do grupo de pessoas que pagou por essa bela porcaria. Adaptação de uma série literária de espionagem, November Man começa bem, com conflitos interessantes e ação diferente para o gênero. Rapidamente vira um filme de violência genérica que nunca deveria ter sido realizado.

TMNT-2014-Desktop-Wallpaper-HD1As Tartarugas Ninja – Uma reinvenção dos quelônios favoritos de todo mundo para o cinema com as tecnologias atuais seria muito bem vinda, não fosse o envolvimento de Michael Bay. Pra quê fazer um filme coerente quando você pode criar ação estapafúrdia? O tom de piadas que não param diverte as crianças, mas os personagens principais são meros coadjuvantes cômicos para dar destaque para a… Megan Fox.

04-de-abril-Não-Pare-na-PistaNão Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho – 2014 foi o ano de cinebiografias brasileiras. Além do Paulo Coelho, sobrou para o Tim Maia (em um filme que também é fraquinho) e para a Irmã Dulce. Nada supera, porém, a chatice do filme do Paulo Coelho. Mais adoração de um homem que, por muitas vezes, se revela uma péssima pessoa na produção, Não Pare na Pista tem uma montagem ilógica, um roteiro incoerente e é uma propaganda de como o homem é extraordinário (sendo que ele não é).

planes-fire-rescue02Aviões 2: Heróis do Fogo ao Resgate – Continuação da Disney do spin-off da pior franquia do estúdio irmão e superior. Se o primeiro provavelmente já era algo inútil, este segundo sequer faz sentido dentro do que foi construído anteriormente. Piora com personagens sem personalidade, história mal construída e uma ação incompreensível. Pelo menos os filmes da Pixar (Carros e Carros 2) contam com os ótimos roteiros que saem de lá.

deppshadowTranscendence: A Revolução – A promessa era grande. Primeira direção do cinematógrafo do Christopher Nolan com um grande elenco e uma proposta científica verdadeiramente interessante. O resultado foi um filme que filosofa demais sem desenvolver a história, péssimas atuações, um final vergonhoso, montagem sem ritmo, falta de ambientação para as cenas e tédio do espectador. Qualquer um podia passar sem essa.

Transformers-Age-of-ExtinctionTransformers: A Era da Extinção – Michael Bay ataca novamente. Seu universo feito de pores e nasceres do Sol, garotas geneticamente maquiadas, confusão metálica, explosões incompreensíveis, personagens estereotipados e racistas rendeu mais um dos grandes sucessos do ano. Este filme ainda conseguiu criar um argumento para pedófilos saírem impunes por relações sexuais com menores. Esse é o mundo de Bay. Excesso, violência, sexualização de jovens e racismo, mesmo com o país que quer agradar (tenta fazer adoração à China no terceiro ato).

no se aceptanNão Aceitamos Devoluções – Imagine que o Renato Aragão tivesse uma contraparte mexicana e este indivíduo decidisse fazer um filme para rir e chorar com o que ele provavelmente acredita ser uma grande sacada para a reviravolta final. O que se tem é, na verdade, uma novela da pior qualidade. Cores em excesso, melodrama forçado, história ilógica, um dos piores exemplos de pai em todas as ficções já feitas. Não Aceitamos Devoluções chega a ser ofensivo para a inteligência do espectador.

brick-mansions-stunt-work-1093086-TwoByOne13º Distrito – Último filme completado pelo Paul Walker, é uma péssima lembrança da ótima pessoa que o ator era. É preciso dizer, porém, que normalmente os melhores artistas são também as piores pessoas. E o inverso também é realidade, basta ver Walker. Canastrão e protagonista de filmes idiotas como este remake do sucesso homônimo francês, Walker era famoso por ser um grande filantropo.

147737.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxxA Grande Vitória – Lembra que falei de cinebiografias nacionais? Mais uma. Desta vez sobre um professor de judô. Só isso mesmo, um professor que ainda está vivo e ainda aparece como ator no filme sobre sua vida. A Grande Vitória é mais um dos filmes brasileiros que não sabem que são cinema e são feitos com linguagem de minissérie especial da Globo. Piora ainda mais com a tentativa bizarra da Sabrina Sato de fazer uma interpretação séria. Valeu apenas pelas boas risadas que dei enquanto zombava do filme na cabine com o colega do jornal local.

I-Frankenstein-PosterFrankenstein: Entre Anjos e Demônios – Sabe aqueles filmes toscos lançados direto para o mercado de vídeo? Frankenstein escapou desse nicho (ao qual merecia ser incorporado) apenas pela presença do Aaron Eckhart no papel título. Foi o suficiente orçar os múltiplos efeitos digitais mal animados. Ainda tem a presença do Jai Courtney, um bom ator que nunca fez um filme decente. Ele é, inclusive, o motivo para estar com uns cinco pés atrás em relação ao reboot/remake/continuação de Exterminador do Futuro.

 

Esses são os dez principais. Ainda vale citar os péssimos Livrai-nos do Mal, Se Eu Ficar, Lucy, Os Mercenários 3, O Espetacular Homem-Aranha 2, Inatividade Paranormal 2, Pompéia e Confissões de Adolescente. Para ter uma boa experiência fílmica, evite-os. Na segunda e na terça continuarei com a retrospectiva.

 

ALLONS-YYYYYYYY…

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