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Épico? – Hobbit: Uma Jornada Inesperada

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Já falamos sobre o Senhor dos Anéis, os três de uma vez, mas seria injusto fazer o mesmo com o Hobbit porque a trilogia ainda não está concluída. Fazer juízo de valor de algo que ainda não se viu é injusto, por mais que esse terceiro filme provavelmente seja péssimo. Então vamos pensar um por um mesmo.

Há anos o Peter Jackson e a New Line sonhavam em realizar a prequela de O Senhor dos Anéis. Tanto para não perder o controle de qualidade quanto para manter a fonte de renda por mais alguns anos. Para adaptar o livro infantil de Tolkien, Jackson misturou a história a de vários livros que contavam tramas paralelas. Daí ele detalha mais as partes do Gandalf afastado do grupo principal, acrescenta backgrounds e contextos para os momentos separados e estica o que poderia facilmente ser um filme de duas horas para três de três.
As histórias do universo de Tolkien se passam em uma Europa fantástica e pré-histórica com referências e bases na Bíblia e em religiões nórdicas. Dizer que os filmes não são épicos é bobagem, mas O Hobbit talvez seja um dos menos apropriados para a mídia cinematográfica. O livro é episódico e cheio de momentos em que a história pausa para ter uma mini aventura rápida de tantas em tantas páginas.
Em um filme de duas horas seria um problema menor, mas em três filmes vira um freio de mão para o ritmo das produções. Para lidar com isso, Jackson deixou todos os momentos episódicos no primeiro filme. Leva uma hora apresentando os anões e o protagonista Bilbo em um diálogo imenso dentro da casa do hobbit. Depois mais uma hora com as mini aventuras, todas longas demais, então chega na hora final com o clímax. Uma perseguição que era mais um episódio no livro, mas que fica gigante no filme para servir ao propósito de final de filme. Sem sensação de fim, Jackson força dois monólogos com conceitos morais para dar a impressão de epílogo. Infelizmente, fica só na pieguice.
Porém, Jackson gastou 180 milhões só nesse primeiro capítulo. A Terra-Média nunca foi tão viva, vibrante e bem feita. A direção de arte é rica, os visuais são impressionantes e tecnicamente, o filme é uma das coisas mais bem realizadas atualmente. Pena que tanto cuidado e qualidade foram gastos no roteiro tão mal escrito.
O orçamento garantiu qualidade?
Sim. O poder visual desses filmes é único e inquestionável. Existe qualidade ali, só não na linguagem cinematográfica ou na narrativa.
 
ALLONS-YYYYYYY…

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