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Dezesseis Luas

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Existem quatro motivos para eu ter ido assistir a Dezesseis Luas. O elenco possui ótimos atores, como o Jeremy Irons e a Viola Davis. Tem bruxos e falsos profetas na trama. O trailer tinha uma trilha irada do Florence + the Machine. E eu recebi a entrada de graça.

Logo no saguão do cinema eu e minha amiga conferimos no pôster a seguinte frase: “O novo Crepúsculo.” E não era mentira. Dezesseis Luas é uma série de quatro livros que acompanham o relacionamento romântico entre um humano normal e um ser sobrenatural.
Lembra alguma coisa?
Atentem para o fato de que o primeiro livro foi lançado em 2009. Ou seja, é um livro pós-Crepúsculo. Uma dessas cópias cretinas que usam uma moda para arrecadar algum dinheiro.
Acompanhamos Ethan Wate, adolescente de cidade do interior que se apaixona pela nova esquisita moradora, Lena Duchanne. Aos poucos, os dois se envolvem e ele acaba descobrindo que ela é uma conjuradora, um nome bonito para feiticeiros. Qual a treta? Ao completar dezesseis anos, Lena será tomada pelas trevas ou pela luz e o romance pode empurrá-la para o lado maligno.
Iada, iada, iada…
Dezesseis Luas é tão ruim que após a sessão, o Miotti do Jurassicast, pediu desculpas pelos ingressos para o filme.
Lá pelo meio da projeção começam a acontecer cenas desnecessárias e sem sentido. Em determinado ponto, Ethan e Lena descobrem uma pista para a solução do problema central. Começa uma sequência de cenas que mostra a jornada atrás do mistério. Do nada corta para uma discussão de casal no meio de uma estrada.
Totalmente fora de contexto, parece uma cena no lugar errado, que deveria ter acontecido meia hora mais cedo. Parece que alguém pegou o roteiro finalizado, jogou pra cima, perdeu a ordem das páginas e encaixou de qualquer jeito. É um problema terrível de montagem.
É tão ruim que algumas cenas parecem iniciar no meio. Não tem ambientação, simplesmente acontecem. Isso também resulta da péssima direção do Richard LaGravenese. Ele não tem noção de ritmo, continuidade e transição de cenas.
Pesquisando sobre a carreira dele, descobri que ele foi roteirista de alguns bons filmes. Mas quando se meteu a dirigir saem coisas como essa e P.S. Te Amo. Então torçamos para que LaGravenese fique apenas escrevendo.
Mas tenho que dar os parabéns para os atores coadjuvantes. Jeremy Irons, Emma Thompson, Viola Davis e Emmy Rossum estão soltos. Parece que eles sabiam a porcaria que o filme seria então decidiram se divertir. E nisso fazem uns personagens bem legais. É divertido ver eles em cena, brincando com as falas.
Em um diálogo específico, Jeremy Irons e a Emma Thompson enchem a tela numa das poucas cenas realmente interessantes no meio de tanta baboseira. Infelizmente, quando têm que contracenar com o casal principal o nível cai demais.
A outra grande qualidade do filme é a estética. A direção de arte é um primor. Principalmente no mundo dos conjuradores. Aliada com a ótima direção de fotografia cria um visual impressionante. A luz usa de tons fortes bastante claros. Fica com cara de conto de fada com bastante expressividade.
A Emmy Rossum aparece com um vestido espetacular, cabelos insanamente maravilhosos e linda como nunca esteve antes. Em uma cena ela aparece em um beco fazendo um feitiço com uma luz de holofote forte. Dentro do ambiente tudo é preto e branco. É lindo. Uma construção visual espetacular.

Por falar em espetacular... Emmy Rossum...
Por falar em espetacular… Emmy Rossum…

E as qualidades acabam por aí.
Recomendo assistir Dezesseis Luas para rir muito, que foi o que eu mais fiz durante o filme.
 
GERÔNIMOOOOOOOOO…

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