Por 
Mais uma animação feita para promover um jogo eletrônico. A produtora do jogo é a mesma de Dante’s Inferno, a EA. É uma surpresa ver como a empresa tem feito bons trabalhos que circundam ao redor de seu material principal. Se aquele é reflexo de obra literária cheio de analogias às religiões, este é um ótimo terror com alusões ao corporativismo.
Um grupo de militares entra em uma nave à deriva no espaço. Dos 137 tripulantes, 4 sobreviveram em meio a uma enorme carnificina. Dois deles estão passando por alucinações. Os quatro começam a apresentar suas versões para o que aconteceu com a embarcação.
Antes de mais nada, vou deixar claro que não farei uma análise relacionada ao jogo que serve de origem para a animação. Até acho a franquia de jogos interessante, mas não consigo terminar nenhum. Por isso assisti ao filme sem ter nenhuma noção de como ele se encaixa ali.
O que pode ser comentado sobre o jogo são suas influências. A intenção por trás da jogabilidade é criar uma experiência relativa às dos personagens do filme Alien – O Oitavo Passageiro. O nome do protagonista é Isaac Clarke. Uma referência clara aos autores clássicos de ficção científica Isaac Asimov e Arthur C. Clarke.
Seguindo o exemplo do jogo, essa animação se encaixa bem no estilo de Alien. É um terror espacial que se baseia no desconhecido. À medida em que as histórias dos quatro sobreviventes se somam vai ficando óbvio o horror por trás do objeto de culto encontrado em um planeta distante.
É uma característica padrão de bons filmes de terror ou de ficção. A fantasia ou a ficção servem a uma discussão real. Um planeta alienígena tem uma rocha estranha com poderes assustadores que gera culto de uma religião humana. Esses poderes são de uma divindade, de uma raça antiga? Será que os poderes que os seguidores recebem são de uma ser maior ou é apenas alucinação e corrupção mental.
Além do aspecto religioso, existe também uma vilanização das corporações. O filme não esconde o quanto a empresa investigando o caso é uma inimiga. Uma crítica comum da ficção científica.
A animação é realizada por cinco estúdios diferentes. Um fez a história da investigação e os outros fizeram as diferentes versões dos eventos. É interessante porque dá a cada personagem uma visualização diferente. Todas são muito bem feitas, com exceção da versão em computação gráfica, que parece dura, mal animada e com uma finalização pobre.
O filme tem noventa minutos, uma hora e meia. Com apenas esse tempo, consegue ser tudo o que Prometheus deveria ter sido. Infelizmente, por ser apenas item para promover um video game, nunca será levado tão a sério quanto o filme do Ridley Scott.
GERÔNIMOOOOOOOOO…