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Cenas que amamos – Contato (o universo)

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Carl Sagan foi um homem importante para a ciência. Na década de 1980 ele inspirou centenas de pessoas a serem cientistas com sua série Cosmos. Agora, um dos seus maiores fãs, o Neil deGrasse Tyson, está apresentando sua própria versão de Cosmos com todas as novas descobertas científicas desde o original. Em época de aprendermos mais sobre o universo, nada melhor que relembrar a adaptação do famoso, e único, livro de ficção de Sagan para o cinema.

Para falar do filme, vou lembrar do exemplo maravilhoso que o Pablo Villaça deu no curso de Forma e Estilo administrado por ele. Robert Zemeckis cria um plano sequência gigantesco que serve de explicação para o que é o filme que será visto em seguida. Planos sequências são o grande trunfo do diretor, tem um memorável em praticamente todos os filmes dele.
Saímos do silêncio dos logos dos estúdios para a Terra barulhenta de 1997. Então a panorâmica vai se afastando. Assista abaixo. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=EWwhQB3TKXA]
Agora vamos avaliar o que é feito na cena. Observe o som. À medida em que a câmera se afasta da Terra, mais antigos vão ficando os ruídos e em menor quantidade. Zemeckis está demonstrando como nossas transmissões estão se afastando do planeta. Quando a câmera está próxima da saída do sistema solar, os barulhos são das primeiras transmissões humanas. Quando finalmente estamos saindo da Via Láctea, há apenas o silêncio.
Então, quando a câmera está próxima dos limites do universo conhecido, um novo barulho começa. Um transmissão alienígena? Alguma forma de contato? Quase imediatamente, uma transição para um olho mostra a protagonista tentando contatar algo em uma antena. O movimento saindo do olho dela revela que estávamos acompanhando sua vontade de encontrar vida extraterrena nesse universo imenso e lindo em que vivemos.
 
ALLONS-YYYYYYYYY…

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