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A Sombra do Inimigo.

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Caso você nunca tenha ouvido falar de Alex Cross ou de James Patterson, não deve ter muito interesse no filme A Sombra do Inimigo. O primeiro é um detetive criado pelo segundo, um dos “grandes nomes literários” dos Estados Unidos atuais. O personagem é extremamente conhecido por lá e é um tipo de Sherlock Holmes moderno nascido em uma região mais pobre de Detroit.

Coloquei aspas na descrição do James Patterson porque ele é um nome grande por seus livros venderem como água. Mas sua qualidade é de literatura de aeroporto. Daquelas que têm capítulos rápidos, cheios de reviravoltas e ganchos pra todo lado. São livros gostosos e rápidos de ler, mas cujo conteúdo é fraquinho.
O legal desses livros é que normalmente geram adaptações divertidas para o cinema. Quando bem feitos, os filmes tendem a ser rápidos e cheios de tensão e suspense. Agora quando são mal feitos viram O Código Da Vinci. Cara de filme pra TV.
No caso de Alex Cross, já havia um trunfo. O personagem já foi bem adaptado para o cinema nos filmes Beijos que Matam e Na Teia da Aranha. Só não vou dar certeza porque faz muito tempo que vi os dois, pode ser que sejam ruins. Mas eles eram protagonizados pelo Morgan Freeman e fizeram muito sucesso. Em especial Beijos que Matam.
Passado alguns anos, o diretor Rob Cohen retomou a franquia adaptando Cross, um dos livros do personagem. Para substituir o Morgan Freeman, ele chamou o Tyler Perry, conhecido por uma das séries do Jornada nas Estrelas e pela série cinematográfica de uma personagem chamada Madea, na qual ele se traveste de mulher e faz um sucesso absurdo nas terras gringas. Além disso também é conhecido por ser um péssimo ator.
Para ajudar Perry, um elenco de apoio impressionante foi reunido. Edward Burns (que é mais uma piada que um ator), Rachel Nichols (ruiva do G.I. Joe, loira do último Conan e verde do Star Trek), Jean Reno acabado e o Matthew ‘Jack do Lost’ Fox. Impressionante porque estão todos péssimos no filme. Todos. Nem o Matthew Fox, que se esforça bastante, funciona.
E o Rob Cohen é um diretor tão bom que as cenas de ação não fazem sentido, o drama não emociona e o suspense é tão tenso quando uma criança dormindo. Cortes bruscos, cenas mal construídas e as atuações bisonhas garantem o sono durante a sessão. Só fiquei interessado na trama porque histórias sobre psicopatas sempre me interessam. Mas ainda assim, tudo fraco.
Procurem os dois filmes anteriores do personagem, os dois se encontram na biblioteca da Netflix. Fico com a esperança agora de ver o Matthew Fox numa adaptação de Mass Effect e a Rachel Nichols em qualquer coisa.
 
GERÔNIMOOOOOOO…

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