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A Morte do Demônio – 1981

Evil-Dead
Aproveitando que hoje é o lançamento nacional de A Morte do Demônio, vamos relembrar o clássico do Sam Raimi. Sim, o diretor da trilogia do Homem-Aranha e dessa prequela de O Mágico de Oz que estreou recentemente. No começo de sua carreira ele juntou uma graninha com um grupo de amigos e foram juntos filmar um terror na floresta. O resultado entrou para a história.

Raimi e companhia fizeram de tudo para concluir o filme. O diretor chegou a usar o carro da avó no filme (que virou tradição aparecer em toda a sua obra). Com um grupo pequeno de atores, criaram uma premissa esperta. Os demônios da floresta entram na casa através dos protagonistas. Não tem um monstro ou algo do tipo. São apenas as pessoas da casa. E os efeitos especiais.
Cinco jovens vão para uma cabana na floresta passar o fim de semana. Na cabana encontram um livro feito de pele humana. Incapazes de ler o negócio, encontram uma fita com o áudio do dono anterior lendo as passagens. Com isso começa o inferno ali no meio daquela floresta.
Raimi não pega leve. Começa com uma das garotas, Cheryl, sendo estuprada pela vegetação na floresta. É o meio através do qual os espíritos vão adentrar o refúgio daqueles coitados. Em uma cena muito bem elaborada, revela-se que Cheryl foi tomada pelos demônios e rapidamente ela consegue derrubar os integrantes do grupo.
As outras duas mulheres estão fazendo uma brincadeira de adivinhação com baralho enquanto os homens se distraem com suas coisas e a Cheryl olha pela janela. A forma como se desenrola é de arrepiar. Mas assim como começa interessante, já deixa claro a sua idade.
Estamos falando de um filme de 1981 feito por um grupo sem dinheiro. A maquiagem não funciona bem. Cada pessoa do grupo que se torna possuída parece cada vez mais com um daqueles bonecos de posto de gasolina. Os efeitos são conhecidos o bastante hoje em dia para ser possível identificá-los em cena.

Esse é o nível da maquiagem do filme.
Esse é o nível da maquiagem do filme.

É uma pena, porque Raimi tem uma direção muito eficiente. Ele explora os cenários minúsculos daquela cabana com grande angulares. Quando os personagens estão com medo, o local minúsculo parece um estádio cheio de armadilhas. Ele usa planos subjetivos em uma época em que slasher movies ainda não eram a coisa mais popular e repetida por aí.
Para falar a verdade. As movimentações de câmera são muito rápidas e complicadas. Naquele ambiente fechado, fazer aqueles takes deve ter sido muito trabalhoso. Dadas as circunstâncias, chega a ser triste que justamente os aspectos técnicos como efeitos práticos tenham envelhecido. Faz o filme parecer amador.
Por outro lado, o que na época era um terror inventivo e terrivelmente assustador, hoje virou cult por ser tão mal feito. Sempre que um bonecão voa na direção da câmera é de rolar de rir.
Então o filme ainda funciona. Primeiro pela aula de direção que o Raimi dá e segundo porque é hilário.
Infelizmente é apenas no segundo, e superior, filme que o ícone Ash surge. Para quem não sabe, a continuação é um misto de remake com sequência. Ele reinventa o primeiro, mas de forma acelerada, para dar a noção do que ocorre a seguir.
Serras elétricas e mãos decepadas, só no próximo. Mas esse primeiro já dá o tom certo para a franquia. Dizem que o remake está ótimo. Vamos ver mais tarde para poder dizer.
 
ALONS-YYYYYYYYYYYYY…

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