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Parque do Inferno (Hell Fest – 2018)

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Produzir um filme do estilo slasher, subgênero do terror que contém assassinos em série, sangue e uma grande quantidade de vítimas, se torna cada vez mais difícil por conta da saturação desse mercado.
É fato que, desde os primórdios do cinema, sempre houveram investimento neste subgênero e o universo em que as histórias acontecem pode, facilmente, se atualizar. Mas, além do mundo, a atmosfera, os assassinos, as vítimas, as várias formas de morrer também podem ser facilmente modificadas de forma original?

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Parque do Inferno é uma obra de Gregory Plotkin (Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma) que conta a história de um grupo de amigos que compraram ingressos para um festival do terror num parque construído apenas para abrigar essa expedição, que parece acontecer apenas uma vez por ano. Após presenciarem um assassinato real, sem terem o conhecimento, dentro de um dos brinquedos, o carrasco da narrativa começa a seguí-los no parque com o foco agora de matá-los.

É nítida a capacidade do diretor de criar um clima à vontade, relaxado e espontâneo do filme para o espectador. Isso também é criado de uma maneira muito rápida, dez minutos e já estamos imersos nos acontecimentos, no pano de fundo de cada personagem e no planejamento deles.

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Isso ajuda a gerar uma sensação que já os conhecemos e que por isso fazemos parte da turma. Provavelmente, ele capta esse dom de sua experiência com o Atividade Paranormal, que tem a proposta de ser algo, de fato, bem espontâneo.

Mas, quando entendemos a proposta do vilão essa imersão começa a desaparecer, chegou rápido e foi embora mais rápido ainda. Os elementos que estamos acostumados neste tipo de filme não funcionam aqui: a arma do crime não gera pavor (uma faca que mais parece de manteiga); a inteligência de como capturar os mocinhos é quase que nula; e a sensação de um certo voyeurismo excessivo por parte do carrasco que causa demora desnecessária para as sequências de mortes, sangue ou desespero.

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Tanto que, o melhor momento do vilão em cena é justamente quando ele substitui sua faca por um objeto totalmente inesperado na cena para poder causar sua morte. Há uma ausência de uma trilha sonora que contribua para a atmosfera ou que seja original. Em muitos momentos falta o elemento surpresa para conseguir prender o espectador.

Então, por que não optar por um vilão original? Não sabemos. Todavia, ao final, há uma cena que pode ser um indício de uma continuação mais focada nas motivações do vilão. É o único momento em que existe uma surpresa.

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Podemos encontrar personagens rasos, com atuações que não empolgam. A exceção é Bex Taylor-Klaus (Scream), um vilão batido em sem presença, numa ambientação maravilhosa que abriria espaço para muita coisa nova, porém muito mal explorada aqui.

Parque do Inferno faz jus ao nome ao fazer o espectador perder 1h30 que mais parecem três horas. E, por favor, parem de insistir com facas logo após Michael Myers sair de cartaz no cinema, deu!

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