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Cenas que amamos – O filho pródigo (Blade Runner)

Roy Batty triste e consolado por Tyrell

Blade Runner é um filme de trama simples. Um policial especial é mandado para caçar um grupo de foragidos. O que faz da narrativa diferente é como ela aborda o que faz do agente Deckard único. Ele investiga, captura e assassina replicantes, pessoas feitas artificialmente. A premissa se torna muito mais profunda com os questionamentos que surgem disso.

Eles não são naturais, mas isso faz deles menos dignos que as pessoas comuns? Os sentimentos deles não importam? Eles são cidadãos ou propriedade? A dúvida é ainda mais complexa quando se pensa que, por serem feitos, eles são mais funcionais fisicamente. Mais fortes, mais rápidos, mais inteligentes. Eles são menos, ou mais?

Em meio a tanta profundidade, várias cenas ficaram memoráveis. Existem as lágrimas na chuva e esta, em que Roy Batty (Rutger Hauer) visita o criador dos replicantes, o doutor Tyrell (Joe Turkel) em busca de respostas para a própria existência. Rapidamente, vê-se uma daquelas situações mágicas de criação encontra criador nesta cena que mistura vários elementos.

Tyrell admira e quase tem um amor paternal por Batty, enquanto este adora e admira o criador também. Mas existem mais sentimentos aqui. Medo pela própria vida, raiva do destino imposto, culpa pelo passado. Tudo salientado pela belíssima fotografia de Jordan Cronenweth, ainda estudada atualmente pela criação de um ambiente noir em um filme de ficção científica. Veja abaixo. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=t5Oqf4NfAIk]

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